Thursday, November 22, 2007

Lucro da BEA: US$ 56 Milhões

O lucro da BEA no 3o. quarter (Q3) de 2007 chegou a US$ 56 Milhões, um (considerável) crescimento de 37%.
Com este lucro, o presidente e CEO, Alfred Chuang, afirma que a companhia vale, de fato, US$ 21,00/share (como ele já tinha avisado ao Mr. Larry Ellison da Oracle).

Aqui estão as palavras dele:
"In spite of significant distractions during the quarter, the team did an outstanding job executing to our revenue plan and generating a strong pipeline of business opportunities as we head into our seasonally strong fourth quarter. These results demonstrate not only significant progress in operating profitability, we also believe they will materially impact how investors value BEA."
Ligando a tecla SAP: "Apesar de algumas significantes distrações, o nosso time fez um trabalho excepcional e atingimos um excelente resultado no (30.) trimestre. Estes resultados não apenas demonstram o aumento da nossa lucratividades mas, principalmente, irão impactar na forma como nossos investidores avaliam o valor de mercado da BEA"

Amazon Kindler Esgota em 5 horas

Já ouviu falar no Kindler? Este gadget é o fruto de 03 anos de trabalho do pessoal da Amazon e do CEO e fundador Jeff Bezos. Se você é viciado em leitura (como eu), com toda certeza faria o possível para pagar os US$ 399,00 do "bichinho" acima.

Imagine um dispositivo com menos de 300 gramas (10.3 ounces), com conexão wireless (utiliza EVDO) sem conta mensal (!), onde você poderá ler seus jornais, livros (+ 88,000 títulos), blogs (+ 250), Wikipedia... ...um dispositivo de onde você poderá enviar seus e-mails com arquivos e imagens anexos, baixar e ler alguns capítulos de livros e avaliar antes de comprar, sem cabos e sem necessidade de computador para sincronizar... ....pois é, não foi à toa que ele esgotou em 5,5 horas (notícia do Slashdot).

Claro que nós brasileiros ainda não temos acesso mas, por via das dúvidas, já adicionei-o na minha wish list, caso você queirar me presentear neste natal ;-)

Tuesday, November 20, 2007

SOA e Integração Dados (Open Source!)

A maioria das organizações se deparam com um problema de manipular vários tipos de arquivos, de várias fontes (internas e externas à empresa). Lidar com todos estes dados, com vários formatos, de diferentes origens exige um grande esforço da equipe de TI:

Alguns estudos indicam que a implementação do acesso e manuseio de tipos de dados complexos, consomem até 70% do esforço de implementação de aplicações ou serviços

É muito tempo para qualquer projeto/implementação. Data Integration, Data Abstraction e Data Services são pontos básicos em um contexto de uma arquitetura SOA. Não apenas porque a preservação do legado é importante e um motivador importante para esta arquitetura mas, principalmente, porque é uma solução de arquitetura necessária quando temos uma realidade como a atual em que nossos sistemas precisam interoperar com mais e mais sistemas externos e internos.




E se esta solução for Open Source? Melhor ainda. Veja a seguir um pequeno resumo que eu fiz a partir da solução da XAware v.5.


1. Motivadores

  • Algumas industrias (e.g. Telecom, Finanças) lidam com várias fontes de dados, de várias origens e precisam manipular, transformar e garantir que seus processos de negócios sejam corretamente "alimentados"
  • Interoperação de forma "transparente" para o negócio, sistemas internos e sistemas de terceiros (parceiro, governo etc)
  • Arquitetura aderente a SOA
2. Definição de Data Service Layer (DSL)/Data Service

De forma bem simples, Data Service Layer (DSL) ou simplesmente Data Service é uma camada que abstrai, para o Business Process, a fonte do dado e vice-versa. É uma solução de Arquitetura, um middleware, que isola as fontes de dados dos consumidores (Web Services, Business Process etc).



Acima vemos a integração de dados (Data Integration) sem e com DSL. Fonte: este excelente artigo de Mark Davydov no IBM DeveloperWorks website.

3. SOA sem DSL?

Claro, mas com vários riscos. Exemplo: "acoplar" os seus serviços diretamente nos bancos de dados do legado. Possíveis problemas:

- Altamente dependente do schema do banco; quem tem controle das mudanças? quem irá avisar os arquitetos das mudanças? como avaliar o impacto?

- Dependência da forma de conexão para recuperar os dados

- Bases de dados relacionais de típicos Sistemas de Informação não garantem que os dados estarão em um "estado lógico" que é esperado pelo seu Business Process. Não por "culpa" do banco ou do sistema mas, simplesmente, porque não é função destes participantes garantir a integridade lógica de uma informação para o processo de negócios


4. Vantagens
Aqui eu cito o documento que deu origem a este post. Um artigo da ZapThink.com, escrito por Jason Bloomberg (necessário cadastro, gratuito, para baixar o PDF completo). Vale a pena a leitura.

  • The ability to remap existing physical schemas into virtual schemas that are better logical representations of the data for SOA. Thus, the developers who build Services simply refer to a logical data layer that will be bound to back-end physical data.
  • The ability to combine many schemas into a common virtual schema, which allows avirtualization greatly simplifies the use of the data in the context of SOA since the SOA implementation leverages a single common schema multitude of very different databases and schemas to appear as one. This
  • The ability to place schema volatility into a single configurable domain. As physical and logical semantics, and thus schemas change, the architect can adjust for those changes with a single configuration layer, providing better agility since changes to schemas don’t inherently mean redevelopment of the Services
5. XAware 5.x

É a solução open source citada no artigo acima que se propõe a realizar esta integração tão necessária em um ambiente SOA.

Saturday, November 17, 2007

Cinco coisas que você deve evitar em SOA

David Linthicum lista as cinco coisas que você deve evitar ao escolher SOA como sua nova abordagem de arquitetura de sistemas:

1. Utilizar as pessoas erradas: um bom arquiteto(a) é fundamental; dependendo do tamanho da sua organização, um time de arquitetos(as). Seja pragmático. Aquele excelente desenvolvedor, pode não ser a melhor escolha. Identifique os profissionais com a mente aberta para a nova abordagem de uma arquitetura orientada a serviços. Digo sempre que SOA é um estilo de vida, e adotar este novo estilo de vida requer, por vezes, uma mudança na forma de pensar e muita persistência. David Linthicum aconselha: "não deixe os consultores e os fornecedores definirem e dirigirem a nova arquitetura".
2. Selecionar a tecnologia cedo demais: Linthicum alerta que este é um dos maiores erros que uma organização pode cometer. Pense e reflita no problema e nos requisitos, mantenha o foco na arquitetura. A tecnologia vem depois para auxilia-lo a resolver os problemas. "SOA é algo que você pratica, não é algo que você compra", continua ele. Repita este "mantra": Negócios -> Requisitos -> Análise -> Tecnologia. De novo: Negócios -> ...
3. Não considerar "service design": um dos objetivos de uma arquitetura orientada a serviços é "externalizar serviços" de sistemas existentes e também construir novos serviços "do zero". Na prática temos uma regra 10/90: 10% novos serviços e 90% de "serviços" que já existem. Por fim, considere sempre a granularidade, reusabilidade e testes (e mais testes) dos seus serviços.
4. Não entender o negócio: entenda os principais processos de negócios, os que define estes processos e as pessoas-chave e, muito importante, traga os analistas de negócio para o seu time. Como faze-los apoiar a sua nova arquitetura se eles não fazem parte da estratégia?
5. Não planejar a longo prazo, de forma estratégica: aqui o consulta informa que "SOA tem um impacto positivo depois de anos, não de meses"; e repete algo que sempre digo nas minhas apresentações - SOA não é um projeto e sim uma jornada; SOA requer uma mudança "sistêmica" e não deve ser tratada apenas como uma instância de uma arquitetura. SOA deve ser A arquiteura. Esta mudança leva tempo para ser consolidada e você será bem sucedido na medida em que obtiver comprometimento da alta direção nesta escolha, neste nova forma de desenhar as soluções, ou melhor, os serviços.

A apresentação (resumida acima) está nestes 04 vídeos (cada um com 9 min/média): parte I, parte II, parte III, parte IV.

Thursday, November 15, 2007

Oracle Fusion: Primeira Aplicação em 2008...

..."e as demais aplicações irão surgindo aos poucos, uma de cada vez. Eu não posso simplesmente apertar um botão e fazer com que todas as aplicações do Fusion apareçam!". Estas foram as palavras do big boss da Oracle, Mr. Larry Ellison. A notícia vem do pessoal do blog "Between the Lines" que acompanharam última Oracle OpenWorld.

O próprio Ellison informou a premissa básica em relação ao Fusion: "...Fusion middleware and applications have to coexist with existing apps from Oracle and third parties was the principle message to the crowd of Oracle customers."

De fato o Fusion ainda não existe, mas virá em breve (breve?).

Tuesday, November 13, 2007

Um Widget para SOA?

O que você está vendo aí é um Widget para seu Desktop que traz o material sobre SOA que é produzido pela IBM/DeveloperWorks:
  • Tools/Demos

  • Case Studies

  • Videos

  • Collateral

  • Publications

  • Events

  • Webcasts
O Widget utiliza RSS para atualizar as informações a cada hora. Muito interessante! Este é o link para você instalar.

ps: estou aguardando a versão do Widget para o meu Mac

Monday, November 12, 2007

Oracle: Fusion existe sim!

Oracle Fusion novamente.... ...vamos lá. Desta vez, o presidente da Oracle, Mr. Charles Phillips, em um encontro com alguns blogueiros, analistas, consultores e jornalistas, durante a OpenWorld'07, teve que afirmar e reafirmar: "Fusion existe, é real, e eu estou dizendo isto a três anos!".

Ok, mas quando vamos ter o Fusion? Segundo ele, a partir de 2008:

The new set of SOA-based applications will start appearing, module-by-module, beginning next year and continuing over the next several years, he said, and will co-exist with existing applications for many years to come
Vamos aguardar certo? Veja o texto completo aqui.

IBM vai comprar a Cognos

E lá se foi a última empresa independente de BI. A IBM acaba de anunciar a compra da Cognos. Foi uma aquisição de US$ 5 bilhões, onde cada ação da Cognos saiu por US$ 58.

Só recapitulando: SAP comprou a BO (Business Objects) no mês passado e a Oracle adquiriu a Hyperion em Abril'07.

No anúncio da compra, no site da IBM, é informado que

"...Cognos provides the only complete BI and performance management platform, fully integrated on an open-standards-based service oriented architecture (SOA), and has a strong history of supporting heterogeneous application environments, consistent with IBM's approach..."

E quanto ao BI da IBM? Não era integrado?

Mais detalhes neste blog da ZDNet e aqui.

Sunday, November 11, 2007

Portabilidade Numérica e SOA

Portabilidade Numérica já é uma realidade. A Resolução n° 460, de 19/03/2007, da ANATEL, definiu as regras da Portabilidade Numérica no Brasil. Posteriormente o Grupo de Implementação da Portabilidade (GIP) definiu a Associação Brasileira de Recursos de Telecomunicações (ABRT) como a Entidade Administradora (EA) da Portabilidade.

E o que tudo isso tem a ver com SOA? Para começo de conversa a possibilidade de mudar de operadora mantendo o número trará uma competição sem dimenssões entre as empresas. Caso elas não queiram ver parte de sua base de clientes migrando para competidores, terá que mudar a forma como se relaciona com seus consumidores. Estamos falando de uma abordagem pró-ativa, mais serviços, antecipar necessidades, coisas que no cenário de hoje não existe.

Por que as operadoras que estão investindo em SOA tem maior chance de sobreviver neste novo cenários? Em uma disputa acirrada, cliente a cliente (como já vemos hoje entre as operadoras móveis), se faz necessário investimentos em:
  • Novos serviços,
  • Que implicam em processos mais bem definidos,
  • Que exigem um bom desenho de processos de negócio,
  • e uma maior integração dos sistemas internos,
  • Para ter sucesso, por exemplo, na fidelização de clientes,
  • Na melhora na qualidade de atendimento
Com a Portabilidade em pleno funcionamento, o Banco de Dados das Operadoras (BDO) terá que trocar informações com o Banco de Dados de Referência (BDR), que será administrado pela EA. Este sincronismo de dados será feito através de protocolos padrão e cada parte precisará expor seus dados para outra.

Por todos estes pontos, a "filosofia" por trás de uma arquitetura orienteada a serviços (SOA) ajuda, e muito, na implementação da Portabilidade.

Friday, November 09, 2007

Processos Ágeis: Disponível 2a. Edição da Revista "Visão Ágil"


(image from http://www.agilemodeling.com/essays/proof.htm)
Está disponível a 2a. edição da revista eletrônica "Visão Ágil". Você pode baixar gratuitamente o PDF desta, e da 1a. edição, desta revista que tem foco em metodologias e processos ágeis. Não conhecia esta iniciativa do Manuel Medeiros (editor) que, a propósito, está de parabéns.

Veja abaixo a capa desta edição:

Wednesday, November 07, 2007

Edição de Novembro da SOA Magazine

Já está "no ar" a edição de Novembro da SOA Magazine. Mensalmente, Thomas Erl, autor de uma excelente série de livros sobre SOA. Livros, aliás, que eu recomendo fortemente a leitura.

Neste mês, os três artigos são:

  1. Entrevista com Mr. Steve Birkel, arquiteto-chefe da Intel: desafios e lições aprendidas, além do ROI alcançado, na abordagem adotada pela TI da Intel na reutilização de serviços. Explica também a estratégia da empresa para SOA e como esta influencia até mesmo o projeto dos futuros microprocessadores
  2. Service Design e a utilização de Enterprise Decision Management (EDM): conceitos e macanismos por trás dos smart enough systems e como o modelo de decisão de serviços pode ser posicionado para abstrair regras de negócio
  3. Processos como Serviço: provê uma investigação das definições do WSDL para Web services requeridos para encapsular lógica do processo (WS-BPEL).

Boa leitura!

Sunday, November 04, 2007

Larry Ellison para BEA: Deixem os Investidores decidirem


De acordo com esta notícia do site da ComputerWorld, Mr. Larry Ellison deu um recado para o board da BEA: "Tudo bem que vocês não queiram vender; deixem então os seus investidores decidirem". Ele afirmou isto durante o encontro anual dos investidores da Oracle.

Ele sabe que, no final das contas (literalmente), pessoas como Carl Icahn (que detem mais de 58 milhões de ações da BEA) é que decidirão o futura da companhia. Empresas de capital aberto estão sujeitas a isto. E a Oracle é "craque" neste tipo de investida/investimento. Mr. Icahn já solicitou uma reunião de acionistas da BEA para tratar do assunto (ele quer vender e sabe que, neste cenário, postergar qualquer decisão pode desvalorizar o valor da ação da BEA).

Saturday, November 03, 2007

Mais um na Guerra dos RIAs: Mozilla Prism


Imagine você abrindo seu Google Calendar direto no seu desktop. Melhor, imagine você abrindo qualquer aplicação que possa ser executada em um Web browser como se fosse uma aplicação típica do seu computador. Pois bem, o Projeto Prim (prisma), da fundação Mozilla (Mozilla Labs), irá tornar isto uma realidade.

O Prism seria a evolução do Webrunner (se você clicar neste link será direcionado para o Wiki do Prims). Ainda é uma versão de testes (beta), mas já existe uma versão experimental para Windows, Mac e Linux .

Instalei no meu Mac. O Prism criou um atalho no meu desktop...



...e pude, por exemplo, acessar algumas aplicações Web no seu computador. Abaixo a página principal dos meus documentos no Google Docs:



O Prism se propõe a unir o melhor dois dois mundos: toda interatividade proporcionada por uma aplicação no seu desktop, feita para o mundo Web.

As possibilidades são infinitas: construir uma aplicação para a Web e executá-la no seu PC/Mac?! Fantástico. O NY Times e o site da Info tem tanbém algumas informações interessantes sobre o Prism.

Friday, November 02, 2007

Mais "confusion" no Fusion da Oracle

Um pouco mais de confusão na equipe do Fusion da Oracle. De acordo com a nota abaixo da SOA World Magazine, tudo indica que o VP responsável por este middleware (John Wookey) será substituido pelo chefe de operações do projeto Fusion (Thomas Kurian). Ainda de acordo com a nota o Fusion está previsto para 2008. Vamos acompanhar os próximos passos. Vide íntegra do post:

Oracle Fusion Not Fusing?
— Hmmm. Oracle may be having a problem with its vaunted next-generation Project Fusion meant to lash all the software it's acquired together with its homegrown stuff. Seems the guy running Fusion, senior VP John Wookey, is being replaced by Thomas Kurian, head of Oracle's middleware operation, according to reports that touched off speculation of delays in Fusion and visions of Oracle adjusting the timetable at Oracle OpenWorld next month. Fusion is due next year.

Thursday, November 01, 2007

Microsoft e SOA (Parte II)

Mary Jo Foley tem um blog no site ZDNet que acompanha as ações da Microsoft. Claro que um dos assuntos da semana foi o posicionamento mais explícito da empresa em relação a SOA (vide meu post anterior). Lendo esta nota percebi que uma parte da "blogosfera" compartilha meu ceticismo (Microsoft e SOA).

O programa de investimento da empresa de Redmond em direção à Arquitetura Orientada a Serviços tem o codinome de "Oslo" e é composto dos seguintes produtos/tecnologias (já informados no meu post anterior):
  • BizTalk Server 6: The core foundation product for Microsoft SOA and BMP solutions that will “deliver the capability to develop, manage and deploy composite applications.”

  • BizTalk Services 1: The services add-on to BizTalk that will enable “hosted composite applications that cross organization boundaries” and provides messaging, identity and workflow capabilities, to start.

  • .Net Framework 4: The next version of Microsoft’s core set of Windows services that will more tightly bind Windows Communication Foundation (WCF) and Windows Workflow Foundation (WF) to “further enable model-driven development.

  • Visual Studio 10: The next version of Microsoft’s tool suite that will include new, unspecified tools aimed at advancing model-driven development.

  • System Center 5: The next version of Microsoft’s system-management product family.

A pergunta que não quer calar e a autora do blog citado lembrou é: Ok, legal a iniciativa, mas quando mesmo que teremos tudo isto disponível? Com a palavra a Microsoft.