Monday, January 14, 2008

SOA é um Projeto?

Não. Meu conselho é: não coloque a implantação de uma arquiteura orientada a serviços na categoria de "Projeto".

SOA é muito mais do que isto. É uma abordagem de arquitetura, uma nova forma de pensar os novos sistemas e a integração entre eles, uma visão pragmática para alinhar as áreas de negócio e parceiros/fornecedores, uma infraestrutura que permite integrar os sistemas de forma mais eficiente/eficaz, uma implementação de processos de negócio como serviços... ...mas, acima de tudo, SOA é uma jornada, não tem fim. E, definitivamente, SOA não é um projeto.

Em todas as paletras eu sugiro fortemente que os times de TI não tratem SOA como "aquele projeto especial que vai levar boa parte do seu orçamento e que vai demorar a ser concluido".

A definição clássica de Projeto pressupõe algo único, que será desenvolvido em um tempo pré-definido (caráter "temporário" de um Projeto). Sua equipe não irá criar algo único (SOA já existe) e esta adequação não terá fim (a não ser que você decida não alterar e nem desenvolver mais nada).

Uma abordagem inteligente para convencer a alta diretoria a aprovar o budget inicial é, por exemplo:
  • "Vamos implementar um novo Portal que irá integrar - "agregar" - dados de vários sistemas corporativos, fornecendo à alta direção uma visão unificada dos principais dados e indicadores. Para tanto, precisamos adquirir uma infraestrutura básica para realizar esta integração de forma mais eficiente, preservando o investimento já feito nos nossos legados..."
  • "Temos uma demanda para integrarmos os dados de nossos sistemas com parceiros e fornecedores e queremos fazer isto de forma padronizada e organizada, evitando trocas de arquivos e implementações específicas para cada um deles. Nossa equipe já está 150% alocada nos projetos atuais e estamos bucando uma forma de disponibilizar os dados com segurança e utilizando as melhores práticas. Será necessário realizar um investimento em alguns softwares e serviços básicos para implementarmos estas integrações de forma mais rápida, atendendo as expectativas dos nossos parceiros de negócio. Este investimento irá gerar outros benefícios tais como: poderemos reutilizar algumas implementações feitas para um fornecedor e utilizar para vários outros; a forma como os nossos sistemas internos irão 'conversar' será otimizada, diminuindo o tempo de manutenção..."
Como vocês viram não utilizei o termo SOA em nenhum momento. Boa sorte!

Thursday, January 10, 2008

SOA Magazine de Janeiro "no ar"

A edição de Janeiro/2008 da SOA Magazine já está disponível. Como sempre, são três artigos de excelente conteúdo e a leitura vale a pena. Este mês temos:

Wednesday, January 09, 2008

Mais um SOA Framework Open-Source

O Framework é chamado de "SwordFish". De acordo com este artigo da InfoWorld, o projeto está sendo desenvolvido a 6 anos (!) pela Deutch Post (Alemanha), e agora faz parte da Eclipse Foundation. Está fortemente baseado em:



A empresa Sopera, também da Alemanha, já "empactou" este framework e desenvolveu o "SOPERA Advanced Services Framework (ASF)":


De acordo com este post do Joe McKendrick eles tem como alvo as pequenas e médias companhias que não tem "budget" para investimento em plataformas do mercado.


Na minha opinião estas iniciativas são excelentes pois possibilitam às companhias realizarem validações práticas das iniciativas de arquitetura orientada a serviços, sem a necessidade de grandes investimentos.


Outras plataformas SOA open source são: Red hat JBoss, MuleSource, FUSE e Glassfish.

Tuesday, January 01, 2008

SOA Poster

O poster acima é parte do livro "SOA: Principles of Service Design", autor Thomas Erl (dica: baixe o PDF e envie para impressão em alguma gráfica).

Wednesday, December 26, 2007

Larry Ellison: Adoção de SOA será lenta...

Não chega a ser mais uma "previsão" sobre o futuro da arquitetura orientada a serviços mas, de acordo com o todo-poderoso da Oracle, a adoçao de SOA será lenta, muito lenta.

É o que afirma este post do site CIO.uk. Veja algumas das previsões dele:
  • "It takes about 10 to 20 years before [you can] rewrite all of your applications,"
  • "It takes a long time for our customers to have a majority of their applications modernised and we think this is a growth story for a decade for us,"
É fato que leva tempo para que uma empresa reescreva suas aplicações. Ele só esqueceu que um dos grandes benefícios que SOA traz é a manutenção do legado. Esta abordagem faz toda diferença na adoção de uma nova arquitetura e, com certeza, vai acelerar a adoção de SOA (olha eu contrariando Mr. Ellison!).

Espero, sinceramente, que a turma do Oracle Fusion discorde do chefe e liberem novas versões do middleware o quanto antes.

Thursday, December 20, 2007

SOA e 10 Previsões para 2008

Bem, 2008 está chegando e com ele as famosas previsões para o novo ano que se inicia. David Linthicum apresenta as suas:

  1. IBM irá comprar uma grande empresa de SOA (e também uma pequena)
  2. Os projetos de SOA irão provar a falta de profissionais qualificados nesta arquitetura. A demanda por profissionais que, comprovadamente, conhecem arquitetura orientada a serviços irá crescer exponencialmente
  3. SOA e a "tradicional" Enterprise Architecture (EA) tendem a se "fundir": segundo o autor do artigo, a tendência é que as best practices da EA irão, cada vez mais, incorporar abordagens e práticas de SOA
  4. A nova proposta da Web 2.0 irá "forçar" muitas empresas a adotarem SOA: novamente, de acordo com Linthicum, se você quer que sua empresa "surfe na onda" das novas tecnologias da Web, a adoção de SOA é o caminho. "Vamos encarar a realidade, hoje tratatamos muito mais de integração com empresas fora dos nossos firewalls". E neste aspecto, SOA é killer
  5. A imprensa especializada irá dar destaque a projetos de implantação SOA que não deram certo: muitas pessoas estão fazendo coisas "estúpidas" nos projetos de implementação de uma arquitetura orientada a serviços. Segundo o autor, em 2008 virão à tona os cases de projetos que falharam. Empresas que investiram em tecnologia e descuidaram da arquitetura estão entre as "candidatas" a terem um artigo nos jornais e revistas técnicas.
  6. Grandes empresas de consultoria continuarão a não entender de SOA: Linthicum afirma que as grandes empresas de consultoria ainda não terão compreendido SOA em 2008. Serão responsáveis por boa partes dos cases de insucesso de SOA.
Vamos conferir durante todo o ano de 2008.

Wednesday, December 19, 2007

Pessoas por trás das pesquisas no Google?

Se alguém me afirmasse que, atrás da tela de pesquisa do Google, existem seres humanos... ...eu diria que isto é mais uma daquelas "lendas urbanas" que ouvimos diariamente.

A primeira vez que li sobre "Google Black Box Seach Engine" foi neste post (NY Times). Se você quer entender um pouco da dinâmica da empresa e quem é o guru por trás do algoritmo de busca (sim, ele é indiano), a leitura do post vale a pena.

Ontem o blog do NY Times retomou o assunto. Desta vez, confirmando que, de fato, existem pessoas "por trás" de algumas pesquisas que você faz, analisando e escolhendo os melhores sites, melhorando o resultado das buscas, enfim, contribuindo para otimizar os algoritmos de busca do site.

Vejam a afirmação do diretor de Pesquisa, Peter Norvig:

Another way we do it [improve the quality of search results] is to randomly select specific queries and hire people to say how good our results are. These are just contractors that we hire who give their judgment. We train them on how to identify spam and other bad sites, and then we record their judgments and track against that. It’s more of a gold standard because it’s someone giving a real opinion, but of course, since there’s a human in the loop, we can’t afford to do as much of it.

Percebeu? Lembre-se disso na próxima vez que utilizar o Google (leia a fonte original da notícia aqui).

Tuesday, December 18, 2007

SOA Magazine: Edição Dez'2007


Já está on-line a edição de Dezembro da "SOA Magazine", revista eletrônica mantida pelo evangelista de SOA, Thomas Erl. As edições passadas podem ser acessadas aqui.

Na edição deste mês os artigos são relacionados ao design de serviços e padrões de Web Services. Um dos artigos é um trecho do novo livro de Erl, que detalhamos no post anterior.

Friday, December 14, 2007

SOA Pattern: Site e Livro novo "no forno"

Mais um livro do Thomas Erl, um dos melhores autores de livros e artigos sobre SOA. Desta vez ele está finalizando um livro sobre padrões (patterns): "SOA Design Patterns". Já está em pré-venda na Amazon.com e tem previsão de liberação em 23/Maio/2008.

No site que serve de base para a publicação, temos uma lista dos patterns e uma breve descrição. Ao clicar no nome do pattern, vocês terão uma descrição detalhada do padrão proposto.

Veja alguns exemplos:


How can a technology architecture be designed to remain in alignment
with changing business goals and requirements?



How can services be designed to avoid data model transformation?


How can redundant utility logic be avoided across domain service inventories?

Um trabalho extraordinário do T.Erl que vai ajudar (e muito!) nas implementações de SOA. Acho que já vou garantir o meu exemplar.

Thursday, December 13, 2007

Vocês se recordam do Marc Fleury? Fleury, 39 anos, é o criador do servidor de aplicações JBoss. Pois bem, depois que a Red Hat adquiriu a empresa que Fleury fundou, ele se tornou VP e Gerente Geral da divisão JBoss/Red Hat. Pouco tempo depois (Março, 2007), ele saiu da Red Hat para, supostamente, se dedicar a família e outros hobbies.

Alguns dias atrás (12 Dez'07), Fleury entrou para o Advisory Board da Appcelerator, uma start-up baseada em Atlanta-GA, cidade em que ele mora.

O lema da companhia é "More App. Less Code". Mas o que é e o que faz a Appcelerator?

Appcelerator is an open source software company providing products and solutions for enterprise rich Internet application (RIA) and SOA-based services development. The Appcelerator Platform combines the best of RIA and SOA-based technologies and design principles into one integrated, open and standards-based platform. The result is a fundamentally new - and much faster - way to build Web-based applications with more functionality and less code.
E o produto (open-source!):


  • Message Oriented Architecture: significa que todo "comportamento" de uma Appcelerator application é governada por messagens leves
  • AJAX and DHTML without Javascript: apenas standard HTML é utilizado; JavaScript não é exigido
  • SOA-based services in ANY language: Java, Ruby, PHP ou .NET. Serviços Appcelerators podem ser acessados por qualquer RIA Appcelelator ou não (desde que sejam REST-based)
  • Universal Clients: RIAs Appcelerator podem ser utilizadas com IE, Firefox, Safari e Opera
  • Rapid Prototypes - No Throwaway Code: como é baseado em mensagens, você pode, rapidamente, criar RIAs sem escrever um linha de código no lado do servidor.
  • Platform Extensibility: Appcelerator é uma plataforma que pode ser expandida para necessidades específicas e até mesmo criar serviços em uma linguagem não suportada pela versão atual da plataforma

Monday, December 10, 2007

Java é o novo COBOL?

Claro que o título é provocativo. Antes de mais nada deixo claro que já fui programador Java (desde as primeiras versões) e sou um defensor da linguagem. Penso porém que vale a pena um pouco de reflexão sobre o futuro desta plataforma.

Sempre argumento com o time de arquitetura da empresa onde trabalho sobre as opções que temos de desenvolvimento ágil. Utilizamos Java em nossos projetos mas sempre tento provocar uma discussão no sentido de avaliarmos as alternativas de linguagens mais "leves" (lightweight frameworks).

Ruby, PHP, JRuby (Java + Ruby, óbvio não?), são opções que devemos sempre considerar partindo da premissa que nenhuma linguagem/plataforma pode solucionar todos os problemas. O mais importante é termos o "fecho" da arquitetura e garantir a interoperabilidade entre os aplicativos. No nosso caso, com a nova arquitetura SOA implantada e a utilização de Web Services, isto fica muito mais fácil.

Bom, voltando ao Java. Esta discussão de que o Java não é mais o mesmo vem e volta sempre. É difícil argumentar quando sabemos que existem mais de 5 milhões de desenvolvedores Java atualmente. Por outro lado, mais e mais "cool kids" estão escolhendo alternativa a Java para implementar seus web sites. É o que argumenta Coach Wei neste artigo no JDJ.

Ele questiona se seria a falta de frameworks? Certamente não. Como ele mesmo cita, "I bet there are more Java frameworks than the population in China". A questão é que muitos web sites são simples, sem muita complexidade; e isto talvez seja uma tendência. Neste ponto, scripts e lógicas lightweight no lado do servidor, que é a "praia" do PHP e Ruby/JRuby etc.

O que está faltando no mundo Java?

Ele aponta três alternativas:

1. JSP/Servlet com um Java Servlet engine (or mesmo um application server): Esta é a arquitetura predominante para aplicações Web-based nas corporações. Mas não tem nenhuma vantagem na contrução de web sites quando comprados com PHP ou Ruby;

2. JavaServer Faces: JSF é "the new kid on the block". Vai facilitar a construção de sites? Provavelmente não! JSF foi desenvolvido para simplificar a contrução de aplicações form-based.

3. Utilização de um Java based content management system (CMS)? Segundo o autor, nenhum Java-base CMS tem o apelo e inovação suficiente para ser um "killer".

A propósito, o título do post vem deste outro artigo: "Java, the Cobol of the 90's?", escrito por Quinton Wall (BEA).

Thursday, December 06, 2007

Fornecedores de SOA não conhecem SOA!

Depois de alguns anos lidando com fornecedores de software, concordo com as observações do Mr. David Linthicum no seu artigo publicado no Java Developers Journal.

Quase que diariamente recebo ligações de consultorias e "empresas de software" que, de uma hora para outra, tem know-how sobre implementação e implatação de arquitetura orientada a serviços.

A maior parte, infelizmente, ainda acha que SOA tem a ver apenas com Web-Services, ou modelagem de processos (BPM) ou mesmo se resume a um broker de integração. Isto quando eles sabem o que é um broker.

A primeira vez que conversei sobre SOA com um alto executivo de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, a reação dele foi: "Não, nunca ouvi falar...". Acreditem!

Como eles não podem discutir arquitetura, eles conversam sobre produtos e apresentam aqueles slides fantásticos, onde tudo funciona. Quem nunca viu o famoso processo de autorização de crédito, em uma demonstração de ferramenta BPM?

Eles tentam "empurar" para sua empresa produtos, apenas isto. David Linthicum chama isto de Arquitetura Conduzida por Vendedores" ou VDA (Vendor-driven Architecture).

Tenha em mente que a arquitetura deve ser definida pelo seu time; claro que consultores e, eventualmente, arquitetos de software dos fornecedores podem (e devem) auxiliar. Mas, em hipótese nenhuma, eles devem ditar a sua arquitetura simplesmente adicionando caixas e mais caixas de software ao seu/nosso, já heterogêneo, conjunto de sistemas e soluções.

Thursday, November 22, 2007

Lucro da BEA: US$ 56 Milhões

O lucro da BEA no 3o. quarter (Q3) de 2007 chegou a US$ 56 Milhões, um (considerável) crescimento de 37%.
Com este lucro, o presidente e CEO, Alfred Chuang, afirma que a companhia vale, de fato, US$ 21,00/share (como ele já tinha avisado ao Mr. Larry Ellison da Oracle).

Aqui estão as palavras dele:
"In spite of significant distractions during the quarter, the team did an outstanding job executing to our revenue plan and generating a strong pipeline of business opportunities as we head into our seasonally strong fourth quarter. These results demonstrate not only significant progress in operating profitability, we also believe they will materially impact how investors value BEA."
Ligando a tecla SAP: "Apesar de algumas significantes distrações, o nosso time fez um trabalho excepcional e atingimos um excelente resultado no (30.) trimestre. Estes resultados não apenas demonstram o aumento da nossa lucratividades mas, principalmente, irão impactar na forma como nossos investidores avaliam o valor de mercado da BEA"

Amazon Kindler Esgota em 5 horas

Já ouviu falar no Kindler? Este gadget é o fruto de 03 anos de trabalho do pessoal da Amazon e do CEO e fundador Jeff Bezos. Se você é viciado em leitura (como eu), com toda certeza faria o possível para pagar os US$ 399,00 do "bichinho" acima.

Imagine um dispositivo com menos de 300 gramas (10.3 ounces), com conexão wireless (utiliza EVDO) sem conta mensal (!), onde você poderá ler seus jornais, livros (+ 88,000 títulos), blogs (+ 250), Wikipedia... ...um dispositivo de onde você poderá enviar seus e-mails com arquivos e imagens anexos, baixar e ler alguns capítulos de livros e avaliar antes de comprar, sem cabos e sem necessidade de computador para sincronizar... ....pois é, não foi à toa que ele esgotou em 5,5 horas (notícia do Slashdot).

Claro que nós brasileiros ainda não temos acesso mas, por via das dúvidas, já adicionei-o na minha wish list, caso você queirar me presentear neste natal ;-)

Tuesday, November 20, 2007

SOA e Integração Dados (Open Source!)

A maioria das organizações se deparam com um problema de manipular vários tipos de arquivos, de várias fontes (internas e externas à empresa). Lidar com todos estes dados, com vários formatos, de diferentes origens exige um grande esforço da equipe de TI:

Alguns estudos indicam que a implementação do acesso e manuseio de tipos de dados complexos, consomem até 70% do esforço de implementação de aplicações ou serviços

É muito tempo para qualquer projeto/implementação. Data Integration, Data Abstraction e Data Services são pontos básicos em um contexto de uma arquitetura SOA. Não apenas porque a preservação do legado é importante e um motivador importante para esta arquitetura mas, principalmente, porque é uma solução de arquitetura necessária quando temos uma realidade como a atual em que nossos sistemas precisam interoperar com mais e mais sistemas externos e internos.




E se esta solução for Open Source? Melhor ainda. Veja a seguir um pequeno resumo que eu fiz a partir da solução da XAware v.5.


1. Motivadores

  • Algumas industrias (e.g. Telecom, Finanças) lidam com várias fontes de dados, de várias origens e precisam manipular, transformar e garantir que seus processos de negócios sejam corretamente "alimentados"
  • Interoperação de forma "transparente" para o negócio, sistemas internos e sistemas de terceiros (parceiro, governo etc)
  • Arquitetura aderente a SOA
2. Definição de Data Service Layer (DSL)/Data Service

De forma bem simples, Data Service Layer (DSL) ou simplesmente Data Service é uma camada que abstrai, para o Business Process, a fonte do dado e vice-versa. É uma solução de Arquitetura, um middleware, que isola as fontes de dados dos consumidores (Web Services, Business Process etc).



Acima vemos a integração de dados (Data Integration) sem e com DSL. Fonte: este excelente artigo de Mark Davydov no IBM DeveloperWorks website.

3. SOA sem DSL?

Claro, mas com vários riscos. Exemplo: "acoplar" os seus serviços diretamente nos bancos de dados do legado. Possíveis problemas:

- Altamente dependente do schema do banco; quem tem controle das mudanças? quem irá avisar os arquitetos das mudanças? como avaliar o impacto?

- Dependência da forma de conexão para recuperar os dados

- Bases de dados relacionais de típicos Sistemas de Informação não garantem que os dados estarão em um "estado lógico" que é esperado pelo seu Business Process. Não por "culpa" do banco ou do sistema mas, simplesmente, porque não é função destes participantes garantir a integridade lógica de uma informação para o processo de negócios


4. Vantagens
Aqui eu cito o documento que deu origem a este post. Um artigo da ZapThink.com, escrito por Jason Bloomberg (necessário cadastro, gratuito, para baixar o PDF completo). Vale a pena a leitura.

  • The ability to remap existing physical schemas into virtual schemas that are better logical representations of the data for SOA. Thus, the developers who build Services simply refer to a logical data layer that will be bound to back-end physical data.
  • The ability to combine many schemas into a common virtual schema, which allows avirtualization greatly simplifies the use of the data in the context of SOA since the SOA implementation leverages a single common schema multitude of very different databases and schemas to appear as one. This
  • The ability to place schema volatility into a single configurable domain. As physical and logical semantics, and thus schemas change, the architect can adjust for those changes with a single configuration layer, providing better agility since changes to schemas don’t inherently mean redevelopment of the Services
5. XAware 5.x

É a solução open source citada no artigo acima que se propõe a realizar esta integração tão necessária em um ambiente SOA.

Saturday, November 17, 2007

Cinco coisas que você deve evitar em SOA

David Linthicum lista as cinco coisas que você deve evitar ao escolher SOA como sua nova abordagem de arquitetura de sistemas:

1. Utilizar as pessoas erradas: um bom arquiteto(a) é fundamental; dependendo do tamanho da sua organização, um time de arquitetos(as). Seja pragmático. Aquele excelente desenvolvedor, pode não ser a melhor escolha. Identifique os profissionais com a mente aberta para a nova abordagem de uma arquitetura orientada a serviços. Digo sempre que SOA é um estilo de vida, e adotar este novo estilo de vida requer, por vezes, uma mudança na forma de pensar e muita persistência. David Linthicum aconselha: "não deixe os consultores e os fornecedores definirem e dirigirem a nova arquitetura".
2. Selecionar a tecnologia cedo demais: Linthicum alerta que este é um dos maiores erros que uma organização pode cometer. Pense e reflita no problema e nos requisitos, mantenha o foco na arquitetura. A tecnologia vem depois para auxilia-lo a resolver os problemas. "SOA é algo que você pratica, não é algo que você compra", continua ele. Repita este "mantra": Negócios -> Requisitos -> Análise -> Tecnologia. De novo: Negócios -> ...
3. Não considerar "service design": um dos objetivos de uma arquitetura orientada a serviços é "externalizar serviços" de sistemas existentes e também construir novos serviços "do zero". Na prática temos uma regra 10/90: 10% novos serviços e 90% de "serviços" que já existem. Por fim, considere sempre a granularidade, reusabilidade e testes (e mais testes) dos seus serviços.
4. Não entender o negócio: entenda os principais processos de negócios, os que define estes processos e as pessoas-chave e, muito importante, traga os analistas de negócio para o seu time. Como faze-los apoiar a sua nova arquitetura se eles não fazem parte da estratégia?
5. Não planejar a longo prazo, de forma estratégica: aqui o consulta informa que "SOA tem um impacto positivo depois de anos, não de meses"; e repete algo que sempre digo nas minhas apresentações - SOA não é um projeto e sim uma jornada; SOA requer uma mudança "sistêmica" e não deve ser tratada apenas como uma instância de uma arquitetura. SOA deve ser A arquiteura. Esta mudança leva tempo para ser consolidada e você será bem sucedido na medida em que obtiver comprometimento da alta direção nesta escolha, neste nova forma de desenhar as soluções, ou melhor, os serviços.

A apresentação (resumida acima) está nestes 04 vídeos (cada um com 9 min/média): parte I, parte II, parte III, parte IV.

Thursday, November 15, 2007

Oracle Fusion: Primeira Aplicação em 2008...

..."e as demais aplicações irão surgindo aos poucos, uma de cada vez. Eu não posso simplesmente apertar um botão e fazer com que todas as aplicações do Fusion apareçam!". Estas foram as palavras do big boss da Oracle, Mr. Larry Ellison. A notícia vem do pessoal do blog "Between the Lines" que acompanharam última Oracle OpenWorld.

O próprio Ellison informou a premissa básica em relação ao Fusion: "...Fusion middleware and applications have to coexist with existing apps from Oracle and third parties was the principle message to the crowd of Oracle customers."

De fato o Fusion ainda não existe, mas virá em breve (breve?).

Tuesday, November 13, 2007

Um Widget para SOA?

O que você está vendo aí é um Widget para seu Desktop que traz o material sobre SOA que é produzido pela IBM/DeveloperWorks:
  • Tools/Demos

  • Case Studies

  • Videos

  • Collateral

  • Publications

  • Events

  • Webcasts
O Widget utiliza RSS para atualizar as informações a cada hora. Muito interessante! Este é o link para você instalar.

ps: estou aguardando a versão do Widget para o meu Mac

Monday, November 12, 2007

Oracle: Fusion existe sim!

Oracle Fusion novamente.... ...vamos lá. Desta vez, o presidente da Oracle, Mr. Charles Phillips, em um encontro com alguns blogueiros, analistas, consultores e jornalistas, durante a OpenWorld'07, teve que afirmar e reafirmar: "Fusion existe, é real, e eu estou dizendo isto a três anos!".

Ok, mas quando vamos ter o Fusion? Segundo ele, a partir de 2008:

The new set of SOA-based applications will start appearing, module-by-module, beginning next year and continuing over the next several years, he said, and will co-exist with existing applications for many years to come
Vamos aguardar certo? Veja o texto completo aqui.

IBM vai comprar a Cognos

E lá se foi a última empresa independente de BI. A IBM acaba de anunciar a compra da Cognos. Foi uma aquisição de US$ 5 bilhões, onde cada ação da Cognos saiu por US$ 58.

Só recapitulando: SAP comprou a BO (Business Objects) no mês passado e a Oracle adquiriu a Hyperion em Abril'07.

No anúncio da compra, no site da IBM, é informado que

"...Cognos provides the only complete BI and performance management platform, fully integrated on an open-standards-based service oriented architecture (SOA), and has a strong history of supporting heterogeneous application environments, consistent with IBM's approach..."

E quanto ao BI da IBM? Não era integrado?

Mais detalhes neste blog da ZDNet e aqui.